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A COMUNIC-ACÃO QUE VEM DE DENTRO

Abr 09 2013

A COMUNIC-ACÃO QUE VEM DE DENTRO

A pombinha voou, sentou
Foi embora e me deixou
Pombinha quando tu fores
Me escreve lá do caminho
Se não tiver papel
Na asa do passarinho

Este verso de uma cantiga de roda de comunidade quilombola do Pará é uma das inúmeras evidências que assim como na natureza, na cultura dos povos se (des)envolvem meios, tecnologias e processos muito avançados e eficientes de comunicação, pois contribuem decisivamente para superar os desafios de sustentabilidade em âmbito global.

No universo dos saberes tradicionais surge a pergunta – afinal, o que queremos captar e informar para sustentar, nesta era de multicrises e inflexão no qual o mundo está mergulhado na atualidade? As coisas, os objetos ao preço da precariedade da ética, dos valores e criatividade humana? ou o bem-estar que vai além do PIB (Produto Interno Bruto) e do IDH (Indice de Desenvolvimento Humano), para conferir índices de felicidade e riqueza plena da mente, do corpo e do espírito em harmonia?

Pesquisando a comunicação do não-intencional; que não se reduz à língua estruturada ou a uma ferramenta, tenho conseguido respostas paradigmáticas e coerentes para estas perguntas.

Os povos tradicionais guardam linguagens, canais e tecnologias sociais, que promovem interações entre cultura, natureza e indivíduos; que traduzem e permitem a co-existência entre imaginação e realização; que driblam os labirintos dos grandes sistemas sociais de comunicação (rádio, televisões, jornais, revistas, internet, divulgação pública e comercial) e viabilizam de fato a comunicação que opera a mudança qualitativa; quando enfim somos comunicados e comunicadores-as. Isso é Comunic-Ação Criativa, por excelência.

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