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COMUNICAÇÃO, CIÊNCIA E ARTE: DIÁLOGOS PARA O SÉC 21

Dez 10 2011

COMUNICAÇÃO, CIÊNCIA E ARTE: DIÁLOGOS PARA O SÉC 21

No final de Novembro de 2011 o Serviço de Comunicação Social do Museu Paraense Emílio Goeldi de Belém/PA, dá um passo importante para uma reflexão propositiva a sobre prática da Comunicação da Ciência na Amazônia brasileira, na qual o museu é pioneiro e referência local, nacional e internacional, há 25 anos.

As Jornalistas paraenses, Jimena Felipe Beltrão e Lilian Bayma de Amorim lançaram respectivamente: Pesquisa em Comunicação de Ciência na Amazônia Oriental Brasileira: A experiência recente no Museu Paraense Emílio Goeldi e o Catálogo: Cerâmica Marajoara: A Comunicação do Silencio.

Como pesquisadora há mais de dez anos, das linguagens humanas/artísticas como meios de Comunicação, em diálogo com os meios de massa, me senti duplamente convidada para o lançamento dos livros – informar e sobretudo refletir sobre a boa nova da Comunicação Social na Amazônia.

Em tempos velozes de destruição ambiental, está mais do que na hora de ampliar o foco da ciência da Comunicação nesta região, não apenas como instrumento de análise, informação e difusão, mas como meio de diálogo, reflexão, formação, reformulação, preservação e transformação das relações e práticas entre os saberes científicos e tradicionais nos âmbitos local, global e “glocal”.

Talvez o título “A Comunicação do Silêncio” do catálogo da Jornalista e Mestre em Bens Culturais e Projetos Sociais pela Fundação Getúlio Vargas/RJ, Lilian Bayma, revele não só um fato entre a comunicação de um passado remoto com o presente, mas também de um passado recente com o presente. Quantos saberes, histórias, informações, práticas sustentáveis e valores humanos permanecem indecifráveis para nós, naquelas formas, traços e cores da cerâmica Marajoara, mesmo com o tanto já revelado e ainda por assimilar pela maioria das pessoas, a partir das pesquisas realizadas sobre essa civilização.

Da mesma forma, a pesquisa em Comunicação no museu na atualidade, ainda não é reconhecida como é a Antropologia, a Arqueologia e a Botânica, por exemplo. Portanto, a ciência da Comunicação precisa ser compreendida em todo seu potencial, para que o mundo e os próprios amazônidas conheçam de fato e queiram manter esse ambiente vivo – que inclui a cultura material e imaterial. Reverbera aí um grande silêncio…

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