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O RETORNO DA DEUSA

Mar 02 2020

O RETORNO DA DEUSA

É que 08/03 convencionou-se celebrar a condição MULHER. Para além dos importantes fatos históricos relacionados às conquistas de gênero; e mais além ainda, do negócio sem propósito que a data se tornou, a Deusa está de volta.
Tá! Mas o que isso significa? Em meio às grandes águas que março já anuncia; águas que transbordam mares, rios e cidades, significa muito pra quem lê o livro da Natureza e da natureza das coisas.
Os símbolos, bem como a Natureza falam daquilo que simplesmente É! A água assim como o corpo ou o gênero “Mulher”, nos convidam a entrar em contato íntimo com o princípio Feminino. Pré-requisito básico para se criar algo, junto com o princípio Masculino, diga-se de passagem, portanto, os homens não estão fora disso, viu!
Desde o início do ano é sobre o que temos falado – criação, Co criação, novas realidades, enfim, como a “Deusa” pode apoiar ou dificultar as coisas?
O chamado é para um “Big Birth”, isto é, um grande nascimento, ou renascimento; para isso, só feminino e masculino juntos, gente e não se trata de óvulos + esperma = tcharam…não, assim não tem novidade… A questão é: juntar em nós mesmos, a gente com a gente mesmo, eu comigo, tu contigo…já entendeu, né?
Pois bem, no paleolítico e neolítico, a criação estava associada à Deusa, vem o Cristianismo e passa associar a Deus. Pronto! Teria sido lindo, se a Deusa não tivesse sido enterrada, relegada ao inconsciente e de lá pra cá, pra cabeça, tuudooo! pro coração naadaaa!!
Só que ela voltou, pois é voltou valendo! A gente pediu, não pediu? Queremos paz? Igualdade? Amor? Fartura para todos? Meio ambiente sem enchente, tsunami, terremoto? Saúde sem Coronavírus? Cumplicidade, confiança, entrega nos relacionamentos amorosos? Claro, queremos!
No final das contas, isso não é dar Luz à uma Nova Terra? e quem vai parir essa Humanidade, se não nós mesmos?
“Ahh, não tem mais jeito, quem sabe para as futuras gerações” Nem que seja! Quem está educando essas futuras gerações, reconhece a Deusa? está aberta e aberto para aprender sobre sabedoria ancestral? sobre contemplação e contato com a natureza? sobre as artes na capacidade de inventar e reinventar a vida? sobre o silêncio, a quietude? sobre acolher os sentimentos? Lembra? “no passado a criação era associada à Deusa”.
Tudo bem, nada de voltar ao matriarcado, nem continuar sustentando um patriarcado falido. Agora é o matrístico – a junção dos dois; o Eco feminismo, a síntese entre feminino e masculino em nós mulheres e homens. Se o que queremos é uma vida satisfatória no trabalho, na sociedade, nos relacionamentos, tem que unir.
Espia a confusão que a gente criou – briga de poder em todos os níveis e ambientes; mulher assumindo o papel do marido e vice-versa; mulher com medo de ser tudo o que nasceu para ser, com medo de ficar sozinha; homens se relacionando com mulheres submissas, por medo de mulheres que honram e bancam suas próprias verdades. Independentemente do gênero e da opção sexual, o drama é o mesmo. O feminismo político teve o seu papel e seu propósito, só que a roda girou, a Era de Aquário chegou.
Nossa missão agora está associada em restaurar a Terra; a Deusa volta na qualidade da troca que cada mulher tem com cada pessoa, porque nós trazemos no corpo a expressão viva do princípio Feminino – a menina-moça; a mãe; a anciã. Cada uma dessas consciências em nós não tem a ver com idade, tem a ver com o compromisso de recuperarmos essa memória e reaprendermos a dançar quando tocar a música e a gente reconhecer qual delas está na vez. O homem que quiser participar, nem precisa saber qual é a dança, basta chegar junto, confiar e sua alma saberá. É aí que a Nova Terra começa a ser criada. Criemos juntos!!

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